quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reflexões sobre o "Tempo de Gestação"


A verdade é que o tempo de gestação nos faz uma grande represa. Ano após ano gerando, crendo, esperando, confiando... Ano após ano sendo tratadas, forjadas, aperfeiçoadas, lapidadas... Ano após ano construindo sonhos, castelos, idéias românticas... E a represa, que somos nós, vai aumentando o volume d'água!
Chega o momento das nossas vidas que se essa "água" não entrar em circulação, não for ativada... A represa estoura!!! E aí, salve-se quem puder! É o "apocalipse do romantismo"... O que fazer com sonhos, castelos, idéias românticas se nada disso pode ser concreto, real? Mal comparando... Sabe essas histórias de barriga de aluguel, uma gera pra outra criar?
Se alguém que está lendo disser que nunca passou pela crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer"; olha você merecia estar no céu, porque definitivamente você é anjo! Não é gente como eu e como um monte de mulheres qu'eu conheço!
E nem adianta argumentar que é um monte de mulher sem sal ou qualquer outro adjetivo depreciativo.
As mulheres que viveram ou esporadicamente vivem a crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer" são mulheres lindas, bem sucedidas, inteligentes, com a auto-estima bem resolvida que apenas não são desesperadas e não enfiaram os pés pelas mãos! Decidiram resolutamente confiar e esperar o tempo de Deus pra todas as coisas.
As que nunca passaram por essa crise não se sintam ofendidas com o parágrafo acima, é que infelizmente o índice de divórcio aumentou muito, donde se conclui que ansiedade e desespero não produzem bons resultados... E isso desde da época do velho testamento.
Agora, a espera tem seu preço, um alto preço.
Quem já ouviu falar da "roda gigante da fé" ou da "montanha russa da dúvida”? Então... Na "roda gigante da fé" a nossa vida dá muitas voltas, por vezes a nossa fé está em alta, em outras ela está tão baixa, já demos tantas voltas, que quase pedimos, aos gritos, pro "Condutor" parar a roda gigante pra gente descer! E na "montanha russa da dúvida" é um sobe ,desce, vira prum lado, vira pro outro... De cabeça pra baixo, com as mãos pro alto... Uma histeria coletiva, duplo looping... Sem mencionar os que viajam no primeiro carro... Heróis!
Quis sintetizar a espera com dois brinquedinhos do parque de diversões... Mas eu também poderia ter mencionado sobre "o trem fantasma vivo morto", mas... Deixa pra lá, esse brinquedo é polêmico e pode ser assunto pra outra ocasião...
Na verdade só quis dividir com vocês, que muitas vezes também não sei o que fazer com os sonhos que acalento desde menina... Vamos combinar... Os meninos não leram histórias de princesas. Raramente conseguíamos convencê-los a brincar de casinha (só se fosse escondido dos outros meninos). Enquanto eles queriam conquistar os "fortes apaches", voar vestidos de "super homem”, montar algum "cavalo alazão" ou gastar horas correndo atrás da "gordinha" de um lado pro outro querendo ser o artilheiro da rua... Nós, desde sempre, sonhamos com príncipes, castelos, coroas...
Um dia desses, eu voltava da minha caminhada na praia e avistei uma rodinha de meninos saídos da escola, as idades variavam entre 13 e 16... Ao passar fui presenteada com uma frase de um deles, ele dizia aos amiguinhos: "cara não tem nada melhor do que amar uma menina, isso quando ela não sabe. Agora, quando ela sabe e não te ama... Cara é a pior coisa do mundo!" Eu achei o máximo o comentário do menino. Vim sorrindo pela rua, sozinha, como diz um amigo, "rindo por dentro!" Sabem por que achei o máximo???? Meninas, a pureza e a ingenuidade com a qual ele se referia ao amor... O sorriso dele, o olhar... E os outros em volta, ouvindo com a maior atenção...
Ei, princesas... Isso é sinal que essa geração de "pequenos príncipes" vai abreviar o tempo futuro das "pequenas princesas"! E quer saber, isso encheu meu coração de esperança, certamente existe um "grande príncipe" a espera de uma "grande princesa", que como eu, vêm acalentando sonhos, castelos, idéias românticas... Gerando, crendo, esperando, confiando... E que, como represa que é, ao longo dos anos, também foi aumentando o volume da "água" e que também passou pela crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer”... Quis descer da "roda gigante da fé", entrou em pânico com "montanha russa da dúvida" e quase cedeu à tentação no "o trem fantasma vivo morto"... Ah, esqueci... Não falei sobre ele... Mas conto depois... Nem é tão importante... O que interessa, é que esse papo adolescente encheu meu coração de esperança, porque talvez alguns "pequenos príncipes" da nossa época eram assim e nós não conseguimos identificá-los ou não fomos sensíveis o suficiente pra reconhecê-los perdidas em meio a sonhos, castelos, idéias românticas...
Ei princesas... Nós crescemos e eles também! Então alegrem-se, em algum momento, antes das represas estourarem, as nossas e as deles... Deus, no tempo Dele, fará que nos encontremos... Então, o que outrora era sonho, Deus no seu infinito amor transformará na mais bela e real história entre príncipes e princesas do século XXI.
Para insuflar nossos corações de esperança, fé, alegria e banir toda sombra de dúvida que tenta desacreditar nossos sonhos, aí vai:

"Sei que tudo que Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar. Isto Deus faz para que haja temor diante dele." Eclesiastes 3:14
Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Inspiração fashion…

fashion

E a inspiração continua…

maui-wedding

Mais inspiração…

Maui Wedding Photographer Photography

Inspirem–se…

Maui Wedding Photographer Photography

" Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade." Salmo 2:8

Reflexões sobre a solidão


Faz um tempo que não escrevo nada. E podem ter certeza que não foi por falta de reflexões, que, aliás, eu vivo fazendo! Quando não são minhas próprias questões, são questões das amigas... Rs... rs... rs... rs...
Nos últimos meses foram tantas mudanças... Externas, internas... Tantas reflexões, tantas dúvidas, tantas certezas, tantos sonhos, tantos projetos, tantas decisões... Ufa! Estive/estou atrelada à "Maratona da vida", que só termina quando acaba! Entenderam????
O que me fez escrever hoje depois de alguns meses sem querer partilhar as minhas inquietações, e, sendo totalmente redundante... Foram elas,  as minhas inquietações!!!
Noite passada, fui dormir de madrugada... Acordei 06h30min... As minhas inquietações têm rendido inspirações diversas: poemas, vídeos, lágrimas, dores de cabeça por dormir tão pouco... Minha criatividade e imaginação andam aceleradas, tenho sido meio "piloto de fórmula 1" pra dar conta do recado!
Ultimamente tenho sido assombrada pela densa, imensa e quase palpável solidão... É como se eu fosse um molde, qualquer um desses moldes, e a solidão fosse aquele líquido gosmento, quase uma gelatina; que é despejada dentro do molde pra secar e endurecer. A solidão ocupa, preenche, adquire a forma do molde, e depois de seca... Quem se lembra do molde? Os olhos se voltam pra forma! E nessa relação intrínseca entre o líquido e o molde, entre a solidão e eu... Percebo que não sou mais molde, sou apenas forma.
Percebo a angústia crescente, como já cantou Chico Buarque, "todo dia ela faz tudo sempre igual”. Todo dia os mesmos sintomas, as mesmas indagações, as mesmas revoltas, o "mea culpa" que influi, mas em nada contribui... Enfim... Parece uma ladainha de tão repetitiva! Mas o pior é quando a gente se dá conta da estratégia de sedução. No início era uma necessidade vital da solidão: estresse, preservar a individualidade, necessidade de quietude, necessidade de reflexão, a vida é tão corrida... E em meio a tantos argumentos sedutores não nos damos conta que cada vez mais ela ocupa um espaço maior no nosso molde; a quantidade de líquido vai sendo aumentada até preencher todos os espaços! E quando nos damos conta, fomos usurpados por ela!
Hoje senti necessidade de partilhar, pois sei que não estou só nesta batalha. Existem inúmeras princesas enclausuradas na torre vivendo entre o real, o imaginário, a licença poética e a imensurável solidão... Desejando desesperadamente sair, sem saber como fazer o caminho de volta.
E por que não falar nos príncipes? Eles também estão perdidos, vagando sem direção, vivendo entre o real, o imaginário, a licença poética e a imensurável solidão... Aprisionados entre o ser e o ter, entre o que fazer e para onde ir; entre o medo e a coragem... Entre encontros e desencontros!
E é exatamente neste ponto, nesta encruzilhada da "Maratona da Vida" que nos deparamos com inúmeras bifurcações:

1ª bifurcação: Resignação. Deixa tudo como está. Mexer vai dar muito trabalho, já me acostumei...

2ª bifurcação: Ansiedade. Resolver a causa sem tratar do sintoma. Aceita qualquer companhia, incluindo animais de estimação!!!

3ª bifurcação: Revolta negativa. Na minha vida sempre foi assim, nunca nada deu certo... A vítima. Na família, no trabalho, nas amizades, nos relacionamentos amorosos... Mártir por vocação!

4ª bifurcação: Revolta positiva. Cansei. Preciso resolver a causa, tratar do sintoma, entender por que cheguei a este ponto... Qual é a minha responsabilidade... Enfim, encarar medos, inseguranças, certezas, dúvidas... De modo que todas essas coisas contribuam verdadeiramente para uma mudança real. A revolução do poder do confronto e da cura!!!

Terminando estas reflexões... Uma pessoa que muito amo, compartilhou um versículo que é no mínimo intrigante, desafiador...

Diz o Soberano, Senhor, o Santo de Israel: No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor, mas vocês não quiseram." Isaías 30:15

Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.