sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Reflexões sobre ser e viver como princesa


             Já repararam que em algumas histórias - talvez em todas - antes de serem princesas eram gatas borralheiras? Ou então passavam por momentos difíceis. Inveja,maldições,feitiços... As princesas literalmente passavam pela "prova", ou se preferirem, viviam a "prova"!
             Em outras palavras: a conquista envolve passar/viver situações de "prova".
             Ouvi, outro dia, de uma pessoa amiga e preciosa: "se Deus nos mostrasse as provas e lutas que passaríamos até conquistar aquilo que pedimos,/desejamos certamente desistiríamos antes de começar. Por isso Ele não mostra. Ele quer que vençamos!"  É verdade, a maioria de nós desistiria no meio do processo.
             Quantas de nós têm vivido momentos, que de tão absurdos, parecem "surreais”? Quantas de nós, ao longo de nossas vidas têm ouvido frases que parecem ecoar das profundezas da nossa alma ou da escuridão da nossa mente? Frases que nos momentos críticos parecem brincar conosco de "pique esconde"... Frases que tentam forjar uma falsa identidade em nós, frases que nos marcaram... "Você não é capaz", "você nunca vai conseguir”... "Quatro olho", "gorda", "magricela”, "girafa", "Raimunda”... Como se fossemos  condenadas pra sempre  porquê usamos óculos, ou somos fofinhas, ou  magras demais, ou altas demais ou porquê decidiram que nosso bumbum é grande e nosso rosto é feio... Como assim? Como, uma pseudo maioria "bela, inteligente e perfeita"  determina aonde podemos chegar ou quem seremos? E quem os acha "belos, inteligentes e perfeitos"? Platão? Quando deixamos de ser líder de nós mesmos e outorgamos poderes a outros de nos formatarem com esse monte de lixo?
             Existem dois versículos que, entre tantos outros, merecem serem, pelo fogo do Espírito, marcados em nós.

             "Se te mostras fraco no dia da angústia, quão pequena é a tua força." Provérbios 24:10
             “Pois assim como imaginou na sua alma, assim é".  Provérbios 23:7a

           Vamos encarar a realidade...
           O que dizer sobre Ester? Ah, vocês podem estar pensando... "Ela foi morar no palácio, ficou doze meses cuidando do cabelo, da pele"...  "Ester foi para o primeiro SPA da história da Humanidade"! Tá bom... Quantas de nós suportaria conviver com mais sete num mesmo quarto com um clima de competição acirrada para ser rainha de uma nação? Quantas de nós estariam dispostas a morrer por um objetivo? E no caso de Ester, pelos princípios aos quais ela fora ensinada. Alguém entre nós é capaz de erguer a mão e dizer: eu!
          Lá vamos nós para Moabe... Era uma vez uma viúva chamada Noemi, que tinha duas noras também viúvas. Uma ficou em Moabe e a outra, Rute, seguiu com a sogra para Belém. Todo mundo conhece essa história. Quem de nós estaria disposta a recolher "restos"  para se alimentar? Quem de nós suportaria os olhares de "julgamento" ao recolher os "restos”? Será que nós e nossas reputações sobreviveríamos a episódio semelhante?  E por causa de tamanho desprendimento de Rute, ela e Boaz deram início à genealogia do Rei Jesus!
         O que têm sido demasiadamente difícil pra nós vivenciarmos?  O que tem sido demasiadamente "custoso" pra nós renunciarmos?
          De vez em quando, eu me assusto comigo mesma. Fico assustada com a minha capacidade de ainda deixar que certas coisas me atinjam, por que elas já me atingiram em algum momento... Eu sei que não é verdade, mas ainda assim me abato. É só comigo que isso acontece?  Estou no "bloco do eu sozinha" no que diz respeito a minha falibilidade humana de conseguir entrar no descanso, na graça e na confiança do Pai?  Estou no "bloco do eu sozinha"  quando pareço um ratinho branco de pesquisa científica tentando inutilmente encontrar a saída? Semelhante ao ratinho branco de laboratório, eu sempre vou precisar ser ensinada se quiser sair, se quiser ir a algum lugar...
         Nesses dias, tenho tentado desesperadamente controlar minha ansiedade, "que é a diferença entre o tempo do meu querer e do tempo do querer de Deus.”; já dizia meu mais novo "amigo”, Berg Brandt.
          Ai... Suspiros... Quis gritar, morrer, dar ataque de pirilampo quando li esta frase do meu mais novo "amigo”... "Ansiedade é a diferença entre o tempo do meu querer e do tempo do querer de Deus.”. Tomaram? Eu tomei muito!
          Então... O que fazer e para onde ir, se só tu, tens as palavras de vida eterna? Parafraseando meu amigo e apóstolo Pedro...  A boa notícia: não precisamos fazer nada e nem ir a lugar nenhum! Apenas precisamos esperar o chamado D’Ele  à sala do trono e que Ele incline para nós o seu cetro de justiça!!!

          "Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno."  Hebreus 4:16

Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reflexões sobre o "Tempo de Gestação"


A verdade é que o tempo de gestação nos faz uma grande represa. Ano após ano gerando, crendo, esperando, confiando... Ano após ano sendo tratadas, forjadas, aperfeiçoadas, lapidadas... Ano após ano construindo sonhos, castelos, idéias românticas... E a represa, que somos nós, vai aumentando o volume d'água!
Chega o momento das nossas vidas que se essa "água" não entrar em circulação, não for ativada... A represa estoura!!! E aí, salve-se quem puder! É o "apocalipse do romantismo"... O que fazer com sonhos, castelos, idéias românticas se nada disso pode ser concreto, real? Mal comparando... Sabe essas histórias de barriga de aluguel, uma gera pra outra criar?
Se alguém que está lendo disser que nunca passou pela crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer"; olha você merecia estar no céu, porque definitivamente você é anjo! Não é gente como eu e como um monte de mulheres qu'eu conheço!
E nem adianta argumentar que é um monte de mulher sem sal ou qualquer outro adjetivo depreciativo.
As mulheres que viveram ou esporadicamente vivem a crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer" são mulheres lindas, bem sucedidas, inteligentes, com a auto-estima bem resolvida que apenas não são desesperadas e não enfiaram os pés pelas mãos! Decidiram resolutamente confiar e esperar o tempo de Deus pra todas as coisas.
As que nunca passaram por essa crise não se sintam ofendidas com o parágrafo acima, é que infelizmente o índice de divórcio aumentou muito, donde se conclui que ansiedade e desespero não produzem bons resultados... E isso desde da época do velho testamento.
Agora, a espera tem seu preço, um alto preço.
Quem já ouviu falar da "roda gigante da fé" ou da "montanha russa da dúvida”? Então... Na "roda gigante da fé" a nossa vida dá muitas voltas, por vezes a nossa fé está em alta, em outras ela está tão baixa, já demos tantas voltas, que quase pedimos, aos gritos, pro "Condutor" parar a roda gigante pra gente descer! E na "montanha russa da dúvida" é um sobe ,desce, vira prum lado, vira pro outro... De cabeça pra baixo, com as mãos pro alto... Uma histeria coletiva, duplo looping... Sem mencionar os que viajam no primeiro carro... Heróis!
Quis sintetizar a espera com dois brinquedinhos do parque de diversões... Mas eu também poderia ter mencionado sobre "o trem fantasma vivo morto", mas... Deixa pra lá, esse brinquedo é polêmico e pode ser assunto pra outra ocasião...
Na verdade só quis dividir com vocês, que muitas vezes também não sei o que fazer com os sonhos que acalento desde menina... Vamos combinar... Os meninos não leram histórias de princesas. Raramente conseguíamos convencê-los a brincar de casinha (só se fosse escondido dos outros meninos). Enquanto eles queriam conquistar os "fortes apaches", voar vestidos de "super homem”, montar algum "cavalo alazão" ou gastar horas correndo atrás da "gordinha" de um lado pro outro querendo ser o artilheiro da rua... Nós, desde sempre, sonhamos com príncipes, castelos, coroas...
Um dia desses, eu voltava da minha caminhada na praia e avistei uma rodinha de meninos saídos da escola, as idades variavam entre 13 e 16... Ao passar fui presenteada com uma frase de um deles, ele dizia aos amiguinhos: "cara não tem nada melhor do que amar uma menina, isso quando ela não sabe. Agora, quando ela sabe e não te ama... Cara é a pior coisa do mundo!" Eu achei o máximo o comentário do menino. Vim sorrindo pela rua, sozinha, como diz um amigo, "rindo por dentro!" Sabem por que achei o máximo???? Meninas, a pureza e a ingenuidade com a qual ele se referia ao amor... O sorriso dele, o olhar... E os outros em volta, ouvindo com a maior atenção...
Ei, princesas... Isso é sinal que essa geração de "pequenos príncipes" vai abreviar o tempo futuro das "pequenas princesas"! E quer saber, isso encheu meu coração de esperança, certamente existe um "grande príncipe" a espera de uma "grande princesa", que como eu, vêm acalentando sonhos, castelos, idéias românticas... Gerando, crendo, esperando, confiando... E que, como represa que é, ao longo dos anos, também foi aumentando o volume da "água" e que também passou pela crise "da represa vai estourar e eu não sei o que fazer”... Quis descer da "roda gigante da fé", entrou em pânico com "montanha russa da dúvida" e quase cedeu à tentação no "o trem fantasma vivo morto"... Ah, esqueci... Não falei sobre ele... Mas conto depois... Nem é tão importante... O que interessa, é que esse papo adolescente encheu meu coração de esperança, porque talvez alguns "pequenos príncipes" da nossa época eram assim e nós não conseguimos identificá-los ou não fomos sensíveis o suficiente pra reconhecê-los perdidas em meio a sonhos, castelos, idéias românticas...
Ei princesas... Nós crescemos e eles também! Então alegrem-se, em algum momento, antes das represas estourarem, as nossas e as deles... Deus, no tempo Dele, fará que nos encontremos... Então, o que outrora era sonho, Deus no seu infinito amor transformará na mais bela e real história entre príncipes e princesas do século XXI.
Para insuflar nossos corações de esperança, fé, alegria e banir toda sombra de dúvida que tenta desacreditar nossos sonhos, aí vai:

"Sei que tudo que Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar. Isto Deus faz para que haja temor diante dele." Eclesiastes 3:14
Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Inspiração fashion…

fashion

E a inspiração continua…

maui-wedding

Mais inspiração…

Maui Wedding Photographer Photography

Inspirem–se…

Maui Wedding Photographer Photography

" Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade." Salmo 2:8

Reflexões sobre a solidão


Faz um tempo que não escrevo nada. E podem ter certeza que não foi por falta de reflexões, que, aliás, eu vivo fazendo! Quando não são minhas próprias questões, são questões das amigas... Rs... rs... rs... rs...
Nos últimos meses foram tantas mudanças... Externas, internas... Tantas reflexões, tantas dúvidas, tantas certezas, tantos sonhos, tantos projetos, tantas decisões... Ufa! Estive/estou atrelada à "Maratona da vida", que só termina quando acaba! Entenderam????
O que me fez escrever hoje depois de alguns meses sem querer partilhar as minhas inquietações, e, sendo totalmente redundante... Foram elas,  as minhas inquietações!!!
Noite passada, fui dormir de madrugada... Acordei 06h30min... As minhas inquietações têm rendido inspirações diversas: poemas, vídeos, lágrimas, dores de cabeça por dormir tão pouco... Minha criatividade e imaginação andam aceleradas, tenho sido meio "piloto de fórmula 1" pra dar conta do recado!
Ultimamente tenho sido assombrada pela densa, imensa e quase palpável solidão... É como se eu fosse um molde, qualquer um desses moldes, e a solidão fosse aquele líquido gosmento, quase uma gelatina; que é despejada dentro do molde pra secar e endurecer. A solidão ocupa, preenche, adquire a forma do molde, e depois de seca... Quem se lembra do molde? Os olhos se voltam pra forma! E nessa relação intrínseca entre o líquido e o molde, entre a solidão e eu... Percebo que não sou mais molde, sou apenas forma.
Percebo a angústia crescente, como já cantou Chico Buarque, "todo dia ela faz tudo sempre igual”. Todo dia os mesmos sintomas, as mesmas indagações, as mesmas revoltas, o "mea culpa" que influi, mas em nada contribui... Enfim... Parece uma ladainha de tão repetitiva! Mas o pior é quando a gente se dá conta da estratégia de sedução. No início era uma necessidade vital da solidão: estresse, preservar a individualidade, necessidade de quietude, necessidade de reflexão, a vida é tão corrida... E em meio a tantos argumentos sedutores não nos damos conta que cada vez mais ela ocupa um espaço maior no nosso molde; a quantidade de líquido vai sendo aumentada até preencher todos os espaços! E quando nos damos conta, fomos usurpados por ela!
Hoje senti necessidade de partilhar, pois sei que não estou só nesta batalha. Existem inúmeras princesas enclausuradas na torre vivendo entre o real, o imaginário, a licença poética e a imensurável solidão... Desejando desesperadamente sair, sem saber como fazer o caminho de volta.
E por que não falar nos príncipes? Eles também estão perdidos, vagando sem direção, vivendo entre o real, o imaginário, a licença poética e a imensurável solidão... Aprisionados entre o ser e o ter, entre o que fazer e para onde ir; entre o medo e a coragem... Entre encontros e desencontros!
E é exatamente neste ponto, nesta encruzilhada da "Maratona da Vida" que nos deparamos com inúmeras bifurcações:

1ª bifurcação: Resignação. Deixa tudo como está. Mexer vai dar muito trabalho, já me acostumei...

2ª bifurcação: Ansiedade. Resolver a causa sem tratar do sintoma. Aceita qualquer companhia, incluindo animais de estimação!!!

3ª bifurcação: Revolta negativa. Na minha vida sempre foi assim, nunca nada deu certo... A vítima. Na família, no trabalho, nas amizades, nos relacionamentos amorosos... Mártir por vocação!

4ª bifurcação: Revolta positiva. Cansei. Preciso resolver a causa, tratar do sintoma, entender por que cheguei a este ponto... Qual é a minha responsabilidade... Enfim, encarar medos, inseguranças, certezas, dúvidas... De modo que todas essas coisas contribuam verdadeiramente para uma mudança real. A revolução do poder do confronto e da cura!!!

Terminando estas reflexões... Uma pessoa que muito amo, compartilhou um versículo que é no mínimo intrigante, desafiador...

Diz o Soberano, Senhor, o Santo de Israel: No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor, mas vocês não quiseram." Isaías 30:15

Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reflexões sobre a "Maratona do Amor"

          Relacionar-se com o sexo oposto, estabelecer e manter um relacionamento afetivo saudável, estável, duradouro mantendo a "chama do amor" acesa e constante; pode se revelar um desafio maior do que disputar o Ironman no Hawaii!
          Ao invés da prova de natação, ciclismo e corrida que exigem preparo e condicionamento físico extraordinários, superação de limites, inteligência emocional, estratégias...
            A "Maratona do Amor” propõe outro tipo de desafios...
1º obstáculo: Como se libertar do passado que aprisiona e ser ousado o suficiente para alçar vôo livremente em direção ao novo que a vida nos oferece?                                              
2º obstáculo: Como não fugir amedrontado ao se deparar com alguém que faz o coração bater mais forte?
3º obstáculo: Como ser corajoso o suficiente para não se esconder atrás de realizações pessoais em detrimento das realizações emocionais?
4º obstáculo: Como não erguer "muros altos" pra se defender e não sentir dor?
5º obstáculo: Como ser autêntico num mundo cheio de clichês?
6º obstáculo: Como ser verdadeiro, fiel as próprias convicções e princípios diante do fantasma da rejeição?
7º obstáculo: Como preservar a individualidade saudável sem beirar ao egoísmo e ao egocentrismo?
8º obstáculo: Como ser generoso emocionalmente numa sociedade que valoriza o individualismo, o capitalismo e a competição acirrada?
9º obstáculo: Como ceder sabiamente em prol do "nós" quando o "eu" é tão latente?
10º obstáculo: Como desenvolver a confiança mútua a ponto de entregar-se um na mão do outro?
11º obstáculo: Como ser franco sem ser rude?
12º obstáculo: Como permanecer juntos e não abandonar "o barco" quando o mundo parece desmoronar?
13º obstáculo: Como manter a "chama do amor" acesa e constante diante do tempo que não pára?

        Certamente existem inúmeros obstáculos que não foram mencionados, estes foram os que vieram à minha mente no momento em que os pensamentos começaram a brotar...
         Não existe uma fórmula, uma receita, um manual com os passos pra ser bem sucedido num relacionamento afetivo... Penso que existe convicção, determinação, amor & paixão; escolha & decisão...
         A convicção faz com que permaneçamos e nos comprometamos.
         A determinação nos mantém no foco.
        O amor e a paixão nos impulsionam, nos levam a superação de limites.
         A escolha é a "sinalização" da percepção sensorial.
      A decisão é a escolha consciente, não existe o "mas", o "apesar de", o "se"... Simplesmente decidimos, e ponto.
       Parece uma contradição querer ser prático em uma área tão subjetiva... Mas aquilo que é subjetivo precisa de uma atitude prática para que venha assumir sua forma concreta.
       Sentimentos são apenas sentimentos quando somente habitam nosso coração e vagueiam por nossas mentes... Mas quando verbalizamos, eles assumem uma forma concreta. Passam a ter nome, endereço... Damos a eles - nossos sentimentos - a possibilidade de serem correspondidos ou não. Por mais que relutemos, as coisas, as situações e os sentimentos sempre vão ter pelo menos duas possibilidades.
       Cabe a cada um de nós, sermos líder de nós mesmos ou não. Omitir ou externar, fugir ou encarar... Viver ou deixar a vida nos levar...
       Viver não garante imunidade de amores, dores, dissabores. Deixar a vida nos levar também não garante a tão sonhada imunidade contra amores, dores, dissabores...
       A diferença entre as duas opções reside em:
      Viver dá-nos o direito de escolha.
      Deixar a vida nos levar simplesmente externa e concretiza nossa omissão com o direito adquirido.
      Que vençamos nossos fantasmas interiores e sejamos ousadas o suficiente para alçar vôo rumo ao novo!!!


     Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.

domingo, 24 de abril de 2011

Reflexões sobre a criação do Homem e da Mulher

"Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Gênesis 2: 21-24

           Como princesa que sou fico pensando... O que meu Pai tinha em mente quando formou a mulher da costela do homem. Como nós, mulheres, somos tão diferentes dos homens se saímos de sua costela? É no mínimo contraditório!!!
           Essas diferenças tornam-se evidentes quando um homem e uma mulher iniciam um relacionamento.  É um exercício de muita paciência de ambas as partes... Enquanto a mulher sente saudades e resolve comprar um presente, o homem acha que ela quer gastar... A mulher se empenha em preparar uma surpresa, o homem nem se dá o trabalho de descobrir qual é a surpresa... O homem acha que palavras são suficientes, a mulher quer atitudes...
           Meu Pai, que grande desafio e mistério é tornar-se uma só carne com tantas diferenças!!!

         "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."   Romanos 11:36

            Então, depois desse versículo, imediatamente lembro-me da cruz. Da escolha, da renúncia, da morte e da ressurreição... Como ser uma só carne tendo ainda muitas "vontades”, muitos "eu quero”, muitos "não gosto”? Como ser "um" respeitando as diferenças, entendendo as singularidades? Como ser "um" tendo que depositar a vida nas mãos do "outro”? Como ser "um" tendo que confiar no "outro”? Se seremos "um”, como nosso pensamento é sempre partido "eu e você" ao invés de "nós”?
        Ok, as diferenças agregam "valor" ao relacionamento. Mas como torná-las favoráveis, como nos beneficiar delas ao invés de brigar por elas?
                A essa altura lembro-me também de outro versículo muito apropriado para este momento reflexivo.

             "Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?" Romanos 11:34

              Donde concluo... Ainda que seja extremamente contraditória a criação da mulher aos olhos das próprias mulheres... Quando eu olho para um homem sempre penso: como posso ter saído da sua costela, somos tão diferentes? Ainda assim, concluo que Deus na sua infinita sabedoria fez desse jeitinho para que o exercício de viver uma vida na cruz comece no alicerce primordial de uma família: o casamento. O relacionamento entre o Homem e a Mulher.
               A cruz começa dentro de nós, na nossa essência... Nela poderemos viver a plenitude da vontade do Pai em todas as áreas da nossa vida.
                   Papai ajuda-me a compreender a primícia da tua criação mesmo sendo tão diferente de mim e paradoxalmente a minha origem... Pois tenho certeza que a primícia da tua criação faz o mesmo clamor ao nos contemplar, ao conviver conosco!!!

     Carmen Lucena, Princesa do Altíssimo, vivendo no século XXI.